Chegou a vez de este elegante sedã premium virar o ano. Sua única novidade é vir somente na versão de topo Privilège, com motor 1.6 16v flex de 115 cv. Não se sabe por que este modelo ainda não emplacou no país, mas fato é que qualidades não lhe faltam. É o caso da cabine: os opcionais vêm num pacote fechado pequeno, porque a lista de série é enorme. E como se não bastasse, ele vem a preço de carro pequeno: perdeu cerca de R$ 5 mil e passou à bagatela de R$ 37.390. Conheça mais em seu artigo de lançamento.
Renault Symbol 2013
Renault Fluence
O mercado brasileiro é uma terra de oportunidades de ouro, mas às vezes também sabe ser cruel. Existem os ótimos produtos que fizeram estrondoso sucesso, como o novo Fiat Uno, os modelos que não “deveriam” prosperar, como o Chevrolet Agile e suas linhas de gosto duvidoso, mas também há os injustiçados. Em geral são ótimos em custo/benefício e mecânica, mas até hoje ninguém sabe ao certo o motivo do fracasso de vendas. Era o caso do Renault Mégane II.
É uma pena que ele não tenha feito parte do grupo dos “sortudos”, como os médios Ford Focus e Fiat Linea, que por pouco (leia-se adoção do motor flexível e redução de preço, na ordem) conseguiram se livrar do carma, mas o que falar de um modelo de desenho bem-resolvido, ótimos motores, cabine excelente e preço aceitável? Sim, o discurso também serviria para os Nissan Tiida e Sentra, mas fato é que o Renault Mégane ainda conta com uma grande rede da marca no país, mas não teve “milagre” que levantasse suas vendas.
Talvez por isso a Renault deixou de unificar seus modelos: o Mégane III é o sucessor europeu do modelo que tínhamos aqui, enquanto os países menos favorecidos recebem o Fluence. O desenho externo já começa a deixar claro que nós não saímos perdendo, já que o Fluence aposta em linhas modernas mas quem trazem a sobriedade que seu segmento tanto cultua, sem trazer revoluções estilísticas.
E no interior ele mantém o aspecto, oferecendo um bom espaço envolto por uma atmosfera requintada e conservadora, e com capricho nos detalhes, como o cartão que faz as vezes de chave. Herdado do antecessor, este item preserva também a partida feita por um botão, mas agora basta ter o cartão em algum lugar dentro do carro, sem a necessidade de inseri-lo no console.
O modelo vem em duas versões, ambas usando o 2.0 16v flex, de 140/143 cv. A de entrada é a Dynamique, que parte de R$ 59.990 e traz de série ar-condicionado digital bizona, direção hidráulica, computador de bordo, freios ABS, rodas aro 16’’ e sistema de som com MP3, entre outros. A versão de topo é a Privilège, e adiciona bancos de couro, controle de estabilidade, rodas aro 17’’ e GPS. Entre os opcionais, as versões podem ter teto solar e faróis de xenônio.
Renault Sandero 2011
Enquanto o Logan recebeu o bemvindo face-lift que lhe deu um desenho um pouco mais agradável, o Sandero vira o ano com mesmo visual. Mas nem por isso deixa de receber algumas mudanças, como o pacote de equipamentos que agora ficou mais interessante.
A versão de entrada, Authentique (R$ 29.690), passa a vir apenas com o motor 1.0 16v flex de 76/77 cv, e com a mesma magérrima lista de itens de série. Mas o Pack Plus de opcionais agora engordou um pouco: a cabine recebeu maçanetas internas e saídas de ar na cor prata, além de ar quente e limpador e desembaçador do vidro traseiro.
Expression é o nome da versão intermediária, e agora é ela quem oferece duas opções de motor para o Sandero: o 1.0 16v (R$ 32.440) ou o também flexível 1.6 8v de 92/95 cv (R$ 34.740). Agora ele conta com capas dos retrovisores na cor do veículo e manopla do câmbio em alumínio, e a sua lista de opcionais incorpora o Expression Pack, composto por ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, e sistema de som com leitor de CD e MP3.
Mas mesmo assim existem pessoas capazes de comprar um Sandero de luxo, em vez de levar um compacto premium como Fiat Punto ou Citroën C3. Para esses gostos incompreensíveis existe o Sandero Privilège, cujos “privilégios adicionais” para a linha 2011 são apenas rodas de liga leve aro 15’’. Quanto aos opcionais, além dos possíveis para as outras versões ele pode trazer airbag duplo, freios com ABS e bancos de couro.
Renault Symbol
Você já ouviu falar na expressão “projeto mundial”? É a tão exaltada estratégia dos fabricantes que buscam economizar ao produzir um mesmo carro para variados mercados. Mas o conceito oposto também existe: às vezes a melhor solução é mesmo apelar aos projetos regionais. A novidade da Renault se aplica ao segundo caso sem dúvidas. Uma visão apressada pode condenar o Symbol facilmente, mas analisando-o com calma também é fácil de perceber que ele traz mais qualidades do que se imagina.
Sim, você já deve ter lido várias vezes que este três-volumes sucede o igualmente turco Clio Sedan mas mantendo sua plataforma, que por sua vez data do final da década passada. A questão está em que certas vezes essa solução é a melhor. O Clio original da França hoje está uma geração à frente do nosso, e ela lhe trouxe evoluções em aspectos como estilo e motorização mas também equipamentos e estrutura, e tudo isso fez seu preço aumentar bastante. Fora o agravante de que a nova geração veio apenas como hatchback e perua. Então, fora a necessidade de projetar o três-volumes, por maior economia de peças que ele fizesse, vender um carro mais sofisticado em mercados de menor poder aquisitivo sem dúvida resultaria em preços muito maiores que a média da concorrência. Seria como vender um sedã compacto a preço de médio. A melhor ideia, então, foi promover um completo reprojeto sobre o Clio Sedan que já existia em linha. Mas a vantagem do Symbol é que essa economia de projeto se compensou em outro aspecto.
Suas propagandas já antecipam muito bem a proposta que ele faz no Brasil. Ele foge dos segmentos de entrada por natureza, porque busca justamente oferecer uma forma de expor ascensão. O Symbol quer ser escolhido por aquelas famílias de casal com poucos filhos e que começaram a subir na vida. Daí vem a sensação de requinte que ele busca passar: o exterior não esconde as janelas grandes e maçanetas baixas que caracterizavam o antecessor, mas ganhou muito em elegância. Seja pela dianteira de farois grandes e barra cromada que aludem aos Renault de luxo. como o sedã grande Safrane, a traseira bem-esculpida de lanternas vistosas ou mesmo alguns detalhes menores, que passam a sempre agradável sensação geral de qualidade: a linha do teto ficou muito bonita, com um caimento suave e que não lembra em nada o aspecto bruto do antecessor. Também colabora para isso a inclusão da tão desejada terceira janela, logo atrás das portas. Seu tamanho reduzido não adiciona muito à visibildade, mas sim na harmonia de estilo.
Os requintes do Symbol continuam na cabine. Era inevitável que se mantivessem algumas localizações de comandos do Clio, mas o novo painel dá gosto de ver. As cores claras ajudam na sensação de amplitude de espaço, ao passo que a predominância de linhas horizontais dá impressão de maior largura. Considerando a atual nomenclatura usada pela Renault para as versões de seus carros, nota-se que ela quis reforçar a imagem do Symbol ao fazê-lo partir já da Expression, em geral tida como intermediária. Começando em 41.490 reais, ela traz de série ar-condicionado, airbag duplo e direção hidráulica, entre outros. A versão de topo se chama Privilége, e soma bancos de veludo, sistema de som multimídia, rodas de liga leve aro 15 e ar-condicionado digital, entre outros. O ABS é opcional nas duas, mas uma falta lamentável é a do câmbio automático, porque vem se proliferando com força entre os carros de sua categoria.
Entretanto, engana-se que os genes só lhe trouxeram desvantagens. Uma grata herança do carro que já ocupou seu lugar está no terceiro volume. Embora o Symbol tenha conseguido um desenho de traseira muito mais charmoso, seu porta-malas manteve o espaço de latifúndio que fez a fama do Clio Sedan: perderam-se apenas quatro litros, obtendo o total ainda expressivo de 506 litros. Ele chega ao país também com duas opções de motor, as duas já conhecidas dos Renault brasileiros: ambas 1.6 flexíveis, a versão oito-válvulas gera 92/95 cv enquanto a 16v alcança 110/115 cv, sempre com gasolina/álcool. Seus principais concorrentes no Brasil serão Fiat Siena, Peugeot 207 Passion e VW Polo Sedan, mas vale lembrar de um detalhe: o projeto do Polo é de 2001, enquanto o 207 Passion tem raízes em 1998 e o Siena em 1996. Ou seja, nenhum deles pode alardear a idade de projeto como um atrativo frente ao novo Renault.
Renault Sandero
Se um dia a atual linha Clio era atrativa pela modernidade das linhas, os anos fizeram seu papel, e tanto hatch quanto sedan começaram a perder competitividade. A Renault aproveitou que seu sedã de baixo custo Logan já estava fazendo sucesso, e resolveu criar uma variante hatchback, inédita no mundo.
Por fora, o Sandero surpreende porque alivia a sobriedade excessiva do sedã, e consegue chegar a um estilo mais agradável, chegando até a ser levemente esportivo, ainda que não chegue necessariamente a ser bonito. Mas ele reafirma o parentesco ao ter “genes” como o retrovisor único (o direito é o esquerdo montado ao contrário) e os faróis monoparábola.
No interior, se a cabine não exibe arroubos de estilo ou sofisticação, herda todo o excelente espaço, fruto das generosas medidas como o entre-eixos de 2,59 metros. Quanto a equipamentos, a versão básica Authentique vem muito mal-equipada, mas a situação já melhora com a intermediária Expression, e ainda mais com a topo Privilège, mas sempre com preços atrativos, ainda que mais caros que os do Logan.
Quanto à motorização, o Sandero pode vir com os motores flexíveis 1.0 16v, mais voltado ao baixo custo, 1.6 de 92/95 cv, com força ótima para o ciclo urbano, e 1.6 16v de 107/112 cv, mais adequado para casos de uso mais frequente na estrada.
Renault Logan
Depois de passar anos com o Clio Sedan amargando sempre as vendas mais baixas do segmento, a Renault decide trazer o romeno Logan para o Brasil, voltado principalmente ao custo-benefício.
De cara, os faróis não empolgam, ainda menos quando ao lado de um Peugeot 207. Também não agrada a lateral inexpressiva, quase sem vincos e com janelas quase verticais, em contraste com os vincos e recortes de um VW Voyage. E não vai ser a traseira que vai desfazer essa impressão, com lanternas simples e retas, humilhadas pelas estilosas e modernas do Fiat Siena.
Entretanto, ao se chegar no interior, as impressões se revertem. Com entre-eixos de 2,63 m, largura de 17,4 m e altura de 1,51 m, o novo sedã da marca francesa tem espaço maior até que de sedãs médios, inclusive no porta-malas, com 510 litros e a liderança da categoria.
O Logan pode vir com os motores flexíveis 1.0 16v (76/77 cv), 1.6 8v (92/95 cv) e 16v (107/112 cv), estes dois excelentes na cidade e na estrada, respectivamente. Suas versões são Expression (1.0 16v ou 1.6) e Privilège (1.6 ou 1.6 16v).