Chegamos ao topo. Depois das primeiras especulações feitas meses atrás, hoje foi inaugurada a primeira revenda na América Latina de um dos fabricantes automotivos de maior prestígio do planeta. Não era arriscado apostar que essa honra caberia ao Brasil, que agora dispõe de uma concessionária Rolls-Royce em uma área nobre da capital paulista. Neste artigo você verá o que faz essa marca tão importante e destacada em todo o mundo, e ainda vai conhecer a interessante oferta que ela preparou para o nosso mercado.
Neste blog normalmente se começa descrevendo a questão do design do carro, depois se começa a falar do interior e se termina com as especificações técnicas, alternando com relatos sobre a história do carro ou sobre sua imagem no mercado. Isso levaria a falar que o Ghost e o Phantom são a expressão moderna do conceito de limusine, com linhas retas e clássicas aliadas às idiossincrasias da marca como a estátua acima da grade dianteira, para em seguida tentar abreviar uma lista quilométrica de itens de luxo e conforto e terminar descrevendo o desempenho do carro, mas aqui se tem um caso muito especial. A Rolls-Royce coleciona décadas de admiração e respeito porque vai além de vender carros com luxo. Sua estratégia não se baseia em propagandas, interação em redes sociais ou parceria com grifes de moda ou pessoas famosas porque seu prestígio não vem da exposição massiva, muito pelo contrário. A concepção de um carro desses tem como meta principal exaltar seu cliente, no sentido de que o carro melhore sua vida em todos os aspectos que puder. Trata-se de uma lealdade digna de mordomos, que muitas vezes não se compreende de imediato pelo simples infortúnio de que esse padrão de vida é muito distante do da maioria da população.
Um exemplo de todo esse tratamento dos Rolls-Royce aos clientes está na construção artesanal: a qualidade chega ao ponto de que existem muitos modelos de décadas atrás rodando até hoje, e com a mesma qualidade de quando eram novos. Este é o tipo de carro que se compra para usar as poltronas traseiras, mas sua dirigibilidade provoca suspiros tanto do dono como de seu sortudo chauffeur: os ajustes de direção e suspensão dão a sensação de se viajar flutuando, sem falar no isolamento acústico inacreditável. Além disso, produzir cada unidade individualmente ainda traz o louvável aspecto da personalização, que será amplamente explorado na revenda paulista: os interessados terão direito a visitar o famoso Customer Lounge, sala em que se expõem os diversos tons de couro, madeira e tecidos que se podem utilizar em qualquer modelo da linha. Também existe um telão para que o cliente configure seu carro com a ajuda de um funcionário, porque há uma série de possibilidades tanto para equipamentos extras quanto detalhes como o padrão da costura dos revestimentos internos. Toda essa atenção especial se conclui com a personalização que se pode criar: o cliente pode pedir excentricidades como pintar o carro da forma que desejar, e será atendido.
Contudo, é mais do que óbvio que isso tem o seu custo, não só preço final como também na espera pela entrega, que começa em quatro meses mas pode se estender de acordo com o que o comprador pediu. É interessante notar como se preservam várias tradições da marca até hoje: sempre produzidos na Inglaterra (cidade de Goodwood), até o painel de instrumentos contribui com a elegância geral, porque expressa a contagem de giros em forma implícita: exibe-se a “reserva de força” do carro, num medidor de porcentagem. Fora o detalhe de que eles desprezam os exageros típicos das limusines customizadas americanas: não se veem acabamento em ouro com pedras preciosas, estátuas de materiais nobres ou qualquer outro monumento ao mau gosto em um carro, mas sim um requinte discreto, formando um ambiente de altíssimo nível. O espaço da marca se encontra na Av. Cidade Jardim n° 691 e tem os modelos trazidos pela Via Italia, o mesmo importador oficial de Ferrari, Lamborghini e Maserati. Um destaque muito louvável é que a Rolls já começa oferecendo a linha completa, que inclui o Phantom em versões cupê, cabriolet e sedã com entre-eixos normal ou estendido, e o Ghost nas duas últimas opções. Na ordem, os motores são 6.7 de 453 cv e 6.6 biturbo de 563 cv, ambos V12. O Ghost começa em R$ 2,3 milhões e já tem unidades para pronta entrega.
Each one of the most important automakers became known for applying a particular aspect into every car it releases. Every car fan associates Alfa Romeo and Mitsubishi with sportiness, Audi and BMW with technology and Toyota and VW with conservatism, for instance. They could create a model to each available segment, but they would always be different interpretations of that special characteristic. So how interesting would it be if one of the most classy automakers in the world decides to project a sports car?
